Esse é um dos raros momentos que me permito escrever tal qual gosto, com opiniões sinceras e bem mais autorais, bem mais minhas e bem mais emocionadas (porque não?) do que aqueles textos elaborados e distanciados da experiência pessoal. Faço-o assim porque é simplesmente impossível desassociar a minha experiência e minha vivência do que este filme de super-heróis representa, carrega consigo. Avengers: Endgame é em si uma experiência única.
Aliás, seria injusto comentar sobre este filme num viés mais específico, mais técnico e menos experimental, uma vez que ele não vem com a carga de ser um filme solo de um grupo de super-heróis; Ele representa o que em mais de 10 anos foi pensado, planejado, sacrificado, vivenciado nas telinhas e telonas – Algo que vai bem além de “Os efeitos do CGI estão assim e assado”. Já estamos bem longe dessa discussão faz um bom tempo.
O que sinto com a conclusão deste universo cinematográfico que me cerquei durante vários anos é um misto de nostalgia, renovação e uma tristeza quase feliz de saber que aquilo tudo finalmente chega a um fim, mas que se eu quiser revisitar, tudo isso está a alguns cliques de mim. É claro que não será a mesma coisa. Participar de tudo isso, de toda essa evolução – tanto de personagens quanto de histórias é simplesmente algo que ficará guardado para sempre nos confins do Tesseract bem guardado que é a minha memória.
Toda essa franquia de filmes de super-heróis e super-heroínas não representa só o que a Marvel nos trouxe no decorrer desses vários anos, mas carrega consigo a chama, a idealização e a tentativa e erro que vários outros tentaram trazer para as telonas bem antes de pensarmos que um dia teríamos tantos heróis juntos num só longa. Lembro no início de tudo, em 2008, quando assistia pela primeira vez o Homem de Ferro com meu velho pai – um apaixonado pelo universo pop da velha guarda – pensando em voz alta e dizendo: “Eu sempre sonhei com isso. A gente sempre sonhou em ter filmes assim, de nossos heróis. Eu nunca pensei que um dia seria tão real. É incrível”.
São tantos altos e baixos e tantas emoções que se misturam no decorrer dessas três horas, que às vezes você se pega rindo e chorando ao mesmo tempo, enquanto sente raiva e admiração por algum personagem. Vingadores: Endgame consegue voltar às origens de nossos heróis, ressaltar os seus melhores momentos, sem em hipótese alguma estragar o seu universo por conta disso. É um convite a revisitar tudo aquilo que vivemos e construímos no decorrer da franquia, das histórias, dos quadrinhos. É uma viagem em nós mesmos e em nossas nerdices.
Avengers: Endgame já é um clássico, ainda que tenha sido lançado poucas horas atrás. É um filme que evoca e provoca em todas as suas linhas, todos seus inúmeros personagens e em toda sua extensão. Como disse Johnny, lá do blog NerdCafé, “É uma bomba nuclear de emoções”. Estou feliz de ter participado de todas essas aventuras, de me irritar, gargalhar, chorar, reclamar, me destruir e reconstruir junto com esses heróis e heroínas. Valeu a pena as esperas, os pós-créditos, os hypes e as demoras. Valeu a pena crescer com a franquia. Me sinto no começo de novo, mesmo sabendo que é o fim. É um adeus saudoso e pontual, enfim. É o Endgame. Obrigado Stan, pelos cameos, e pelos personagens. Valeu pelas histórias!
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