Quanto aos aspectos positivos do longa, pode ser destacada a maneira de como a grandiloquência de Jean Paul Getty foi apresentada, mostrando toda a crença pessoal de que as pessoas que carregam o Getty em seu nome não são meros mortais. A relação de Cinquanta, um dos sequestradores, com o John Paul Getty, criando uma espécie de amizade entre os dois é bem trabalhada, em que ao mesmo tempo existe a preocupação com o dinheiro do resgate, mas também com a vida do rapaz raptado.
No geral, Todo Dinheiro do Mundo é um filme básico, porém com pretensão de ser grandioso. Não consegue alcançar tal patamar devido à sua inconsistência narrativa e de certos componentes do elenco. O longa poderia ter sido mais ambicioso na maneira de contar as histórias no cativeiro e explorado melhor a ligação do homem mais rico do mundo (na época) com seu neto. Não foi sabido administrar bem as relações afetivas entre as pessoas envolvidas na história, comprometendo assim a transmissão de maneira realista da trama para quem assiste. Todo o Dinheiro do Mundo não é uma grande obra do cinema, tampouco inesquecível, mas também não pode ser considerado um péssimo filme.
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