Fala, meu povo! O filme Inferno – sequência de Anjos e Demônios (2009) – ainda está nos cinemas, estrelado por Tom Hanks como o renomado professor universitário Robert Langdon, que mais uma vez terá que impedir que uma ameaça à humanidade seja concretizada. Porém, fica a pergunta: até quando?
O livro no qual o filme se baseia foi lançado por Dan Brown em 2013, e diferente do que acontece nos cinemas, Inferno é o quarto livro a ter Professor Langdon como protagonista principal. Aqui, nosso simbologista favorito acorda em um hospital sem lembrar de nada que ocorreu nas últimas 48 horas, lembrando nem mesmo de ter ido parar em Florença, já que sua última lembrança é de estar na Universidade de Harvard, onde trabalha. Tendo que correr contra o tempo e escapar de mercenários contratados para eliminá-lo, Langdon conta com a ajuda apenas da Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones, com um papel bem raso) para desvendar mistérios envolvendo o clássico A divina comédia, de Dante Alighieri, descobrindo em seguida que a resolução dos casos pode evitar a extinção da maior parte da humanidade.
O filme até tem um bom começo, seguindo fielmente as primeiras páginas do livro no qual se baseou, com alterações mínimas. Infelizmente, isso só dura até a metade do longa, com as coisas se perdendo aos poucos. Quando o filme acaba, fica a impressão de que Ron Howard (diretor do filme) leu o livro até a metade, lavando as mãos para o restante do desenvolvimento da história. No caso deste filme, é necessária uma breve comparação com o material de origem, pois as seguintes mudanças alteram até mesmo o rumo da história. Enquanto o personagem de Omar Sy ganha um pouco mais de importância – que infelizmente também não dura muito – do que na obra, as motivações de Bertrand Zorbist (Ben Forster, o Anjo de X-men: O confronto final) até têm seu espaço, mas o personagem não tem nada de ameaçador. O enredo não modifica seu plano, mas torna sua aplicação bem “rasa”. O final da história, para quem leu o livro, será decepcionante, pois tudo foi modificado para dois fins: fazer com que tudo caiba apertado dentro de 117 minutos; e criar mais ação, que seria bem mais empolgante se isso não acontecesse apenas no desfecho da história, de certa forma “corrido” demais.
– Considerações Finais:
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