Com o advento do Disney+ no Brasil, gostaríamos de indicar para vocês cinco filmes interessantes disponíveis na plataforma que não podem passar batido! Bora dar aquele passeio na infância? Vem com a gente!
Quem está na casa dos 20/30 anos de idade com certeza lembra de algum desses filmes, seja por que já passou na TV aberta ou, se você era um rato de video-locadora em meados dos anos 1990 e início dos anos 2000, provavelmente consumiu esses clássicos em VHS. Bora relembrar a infância?!
O Caldeirão Mágico (1985)
A aventura medieval da Disney é uma adaptação dos dois primeiros livros da saga “As crônicas de Prydain”, escrita por Lloyd Alexander. Há quem diga que o filme seja extremamente inferior ao material original, o que já fica evidente no fato de adaptar dois filmes num livro só. Isso sem falar em alguns problemas nos bastidores que ficaram evidentes quando o filme ficou pronto, com algumas falhas na animação em si e o roteiro irregular. Mas, não desanime! O longa-metragem é perfeito para quem curte uma história infantil um pouco mais sombria!
Na trama acompanhamos o jovem cuidador de porcos Taran – que sonha em ser um guerreiro – que parte em sua jornada buscando proteger seu porquinho com poderes das garras do Rei de Chifres, que deseja usar os poderes do animal para encontrar o místico Caldeirão Negro. E qual o objetivo do vilão? Ressuscitar seu exército de mortos e, com ele, dominar o mundo. Olha só, que beleza! A trilha sonora desse filme é marcante, assim como a dublagem dos personagens. Os cenários também são belíssimos e a história, embora com furos, empolga bastante quem curte uma boa aventura. Uma pena que esse filme não é tão conhecido hoje em dia!
Como é bom se divertir (1947)
Esse aqui é uma daquelas coletânea de curtas animados produzidos pela Disney naquela época (meados dos anos 1940). A trama, que é apresentada pelo Grilo Falante, de Pinóquio, mostra duas histórias diferentes: a primeira é sobre Bongo, um urso de circo que finalmente conseguiu escapar de seu cativeiro e tenta se adaptar a uma nova vida na selva, enquanto disputa com outro urso o amor de sua vida.
A segunda é baseada em “João e o pé de feijão” e mostra Mickey, Donald e Pateta como três camponeses que estão com sua terra em crise após o roubo da harpa mágica. Certo dia, Mickey troca sua vaca por feijões mágicos que levam o trio até as nuvens, onde encontra-se o castelo do gigante. Juntos, eles devem recuperar a harpa mágica e trazer a paz de volta à terra.
Como É Bom Se Divertir (1947)
De alguma forma, esse filme é bem nostálgico, tendo aquela vibe de “contar histórias” de uma forma bem divertida. Ah! Ele também mistura animação com atores em carne e osso, contando com a participação de Edgar Bergen, um famoso ventríloquo da época, que junto com seus dois bonecos Charlie McCarthy (Carlito, aqui no Brasil) e Mortimer Snerd, narram a história de Mickey, Donald e Pateta. A trilha sonora também é bem alegre, fazendo desse filme um programa ideal após um dia cansativo no trabalho, pois vai te fazer voltar para a época em que a gente não se preocupava com nada.
Fantasia (1940)
O terceiro longa-metragem animado da Disney hoje pode ser cultuado por muita gente, embora na época ele tenha tido um desempenho ruim nas bilheterias e uma recepção morna dos críticos, mas ao meu ver tudo foi uma questão de expectativas. Walt Disney quis que esse fosse o filme experimental do estúdio, consagrando-o como uma lenda nas animações e também em criatividade. Fantasia é um musical onde Leopold Stokowski conduz sua orquestra enquanto o longa exibe vários curtas animados, em sincronia com as músicas clássicas apresentadas. E são curtas bem diversos, indo desde a arte abstrata até adaptações ousadas de obras famosas, até um trecho bem macabro perto do fim que bota muito filme de terror no chinelo.
O segmento mais famoso de Fantasia é “O aprendiz de feiticeiro” protagonizado por Mickey e seu mestre Yen Sid (sacou a referência? hehehe). Para você ter uma ideia da importância desse filme, a Disney desenvolveu um sistema de som onde os espectadores ouviriam os sons de forma que simulasse uma orquestra ao vivo, sendo mais para a direita, centro ou esquerda da sala de cinema. O problema é que foram pouquíssimos cinemas que tiveram essa inovação na época, e o reconhecimento que o filme merece só veio na década de 1960, com o movimento hippie, que deu uma nova cara à obra, fazendo ser cultuada até hoje. Imagina só a sensação de assistir a Fantasia depois de uma bebedeira! É demais!
Robin Hood (1973)
A história clássica do ladrão e justiceiro Robin Hood é contada com animais representando os personagens, no caso do nosso herói, uma raposa (dialogando com os arquétipos, como se a raposa fosse traiçoeira). Ele rendeu diversas adaptações para o cinema, embora essa para mim seja a mais marcante, com Robin enfrentando o tirano Rei João e seus cumplices, que exploram os habitantes da região com impostos cada vez mais altos. Como você já deve saber, Robin Hood tem a fama de roubar dos mais ricos e distribuir entre as classes sociais menos favorecidas, e aqui temos um clima bem legal de história clássica com uma moral sendo contada.
Ele só tem um pequeno problema no final, que é um pouco apressado, mas o filme como um todo é bem legal, e permite a gente se identificar com os personagens. Isso sem falar na dublagem, na animação e nos belíssimos cenários do longa, tudo muito bem caprichado!
O mundo fantástico de OZ (1985)
Essa é uma sequência não oficial do clássico eterno de 1939 cujos direitos de adaptação eram de domínio público, já na década de 1980. Muita gente que ama o clássico pode estranhar a existência dessa continuação, por que ela é totalmente o oposto do filme original, que já era marcante por seu encantamento, ainda que com personagens bizarros. Aqui, a parada é mais pessimista e perturbadora. Dorothy acaba voltando ao mundo de OZ após fugir de uma instituição onde seus tios a haviam internado, achando que ela estava delirando. Quando chega à terra encantada, encontra tudo em ruínas e muitos de seus amigos viraram pedra, e ela encontra uma nova turma bem “excêntrica” e busca salvar Oz das garras do Rei Nom e da Princesa Mombi.
A turma de Dorothy inclui um alce recém animado, uma figura com cabeça de abóbora e um robô que estava desativado anteriormente. Tudo bem que eles são bem diferentes dos personagens do filme anterior, mas têm seu charme. A Princesa Mombi é uma vilã bem… perversa! Ela tem um corredor com cabeças humanas em seu palácio, para que ela simplesmente possa substitui-las por sua própria cabeça quando lhe convém. Tem uma cena que não me esqueci até hoje: Quando a Dorothy tem que fugir do corpo decapitado da vilã, que estava dormindo, após despertar as cabeças, que começam a gritar! Particularmente, como fã do clássico de 1939, também gosto muito da pegada sombria desse aqui, que funciona quase como uma história de terror para crianças, que ainda assim tem uma mensagem interessante de superação e amadurecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ficou interessado? É só assinar o Disney+, o mais novo serviço de streaming do mercado, e procurar esses e outros filmes bem legais que têm por lá. A gente passou uma peneira bem caprichada, então é bom ficar ligado nos outros filmes antigos da Disney que são pouco lembrados hoje em dia. Mais uma vez, a gente acabou se rendendo ao capitalismo!
Me fascino mucho tu aporte Muchas gracias, Un saludo