Rick e Morty é um daqueles desenhos animados que eu aconselho a quem vai assistir respeitar a classificação indicativa, e, jamais, em hipótese alguma, aconselho a pessoas cujas indagações a respeito da vida são metafísicas e etéreas, como saber de onde viemos e para onde iremos.
Do contrário, as “verdades” ditas pelo ‘cientista maluco’ podem levar a questionamentos que remontam à criação, e a “porquês” cujas respostas não são compreensíveis à mera capacidade humana. Afinal, dentro do multiverso da série, nada realmente importa e tudo é completamente substituível e minúsculo, tamanha a vastidão das dimensões existentes.
Apesar de todos os adendos citados acima, Rick e Morty é uma série de extrema profundidade e riqueza de entrelinhas, daquele tipo onde não é desperdício de tempo assistir pela segunda ou terceira vez, onde o subliminar faz diferença e incute em nosso subconsciente sugestões a respeito da temática a ser oferecida, causando de euforia e êxtase, a dúvida e questionamentos.
No balanço entre prós e “pseudo-contras” (dado o fato de que até mesmo as indagações que ela causa, são provas de sua riqueza de enredo), é uma série que vale muito à pena ser acompanhada, analisada e destrinchada, até mesmo como uma forma de rever os próprios conceitos sobre a existência, além de, no percurso, dar ótimas risadas e curtir um pouco de humor (às vezes exageradamente) escatológico.
Como diria Rick: “viver é arriscar tudo. Caso contrário você é apenas um pedaço inerte de moléculas montadas aleatoriamente à deriva onde o universo te sopra.” Então, não seja um um amontoado de moléculas e assista Rick e Morty (a menos que você seja metafísico ou estudante de filosofia)!