O Dia das Bruxas (ou Dia do Saci) está bem pertinho e, com isso, resolvemos levar até vocês listinhas com filmes para assistir nessa data tão importante. Bora entrar no clima do horror?
Para inaugurar as “listinhas”, nada melhor do que começar pelos clássicos do horror. Bom lembrar que são filmes obrigatórios para quem se diz fã do gênero, e se for seu caso e você não tiver assistido a algum desses, essa é sua chance de limpar seu nome. E são dicas para todos os gostos, de acordo com o subgênero.
O BEBÊ DE ROSEMARY (1968)
Na trama, Rosemary é uma jovem inocente cujo marido faz um pacto misterioso em troca de sucesso na sua profissão. O “acordo”, porém, faz com que Rosemary engravide e, involuntariamente, seja escolhida para gerar o Anticristo. E o espectador acompanha a jornada da moça tentando compreender onde está pisando e, em determinado ponto, buscando evitar esse destino.
Muitos mistérios cercam essa obra de Roman Polanski, desde seus bastidores cheios de “coincidências” macabras até o caráter sugestivo da obra. A galera que curte ocultismo geralmente afirma que muita coisa exibida corresponde de fato à realidade da prática de muitos rituais, o que fica evidente também no que diz respeito à narrativa, que coloca o sobrenatural em segundo plano e, ainda assim, se mostra extremamente assustadora. O bebê anticristo, por exemplo, sequer aparece no filme, mas conseguimos sentir sua presença graças à atmosfera plantada pelo filme.
SUSPIRIA (1977)
Clássico italiano dirigido por Dario Argento, Suspiria conta história de uma jovem estadunidense que parte para uma prestigiada academia de artes em Berlim. Ao chegar lá, ela percebe que há algo de muito estranho ocorrendo nos bastidores, e que provavelmente todos ali correm perigo. Nessa altura do campeonato, não é spoiler dizer que a obra é, na verdade, sobre um covil de bruxas.
Se você não assistiu à obra, não se preocupe, uma vez que essa revelação não impede que a gente entre na vibe psicodélica de Suspiria. Na verdade, é até legal saber dessa informação pois captamos várias referências ao longo do filme, embora o seu maior destaque seja, de fato, a sua estética, brincando sempre com a cor vermelha. Releve os problemas de roteiro, com dialogos muito expositivos e personagens que não são muito carismáticos, que você vai se divertir (ou não).
HALLOWEEN – A NOITE DO TERROR (1978)
Clássico dirigido por John Carpenter que deu início ao subgênero Slasher, sendo pioneiro em desenvolver muitas técnicas que seriam consideradas referências de um bom filme de terror. Na trama, Michael Myers, de seis anos, mata sua irmã adolescente na noite de Halloween. Ele é internado em um manicômio e, quinze anos depois, escapa e retorna a sua cidade natal, passando a perseguir a adolescente Laurie Strode e suas amigas. Na sua cola, está o psiquiatra Dr. Loomis, o responsável pelo seu caso.
Embora Halloween tenha problemas de roteiro, eu particularmente prefiro relevar, uma vez que a produção simples acabou gerando um legado importantíssimo para o gênero, colhendo bons frutos. O mais legal é que, mesmo que você já tenha visto várias vezes, é ótimo rever, sempre encontrando um detalhe diferente que passa a fazer mais sentido quando a gente já está habituado a esse universo. Se você é novinho e tá acostumado com filmes sangrentos, sugiro que baixe sua bola, uma vez que Carpenter prioriza a construção do suspense e a sensação de estar cercado por todos os lados.
UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES (1981)
Desde 1941, com o lançamento de The Wolf Man, uma cacetada de filmes sobre licantropia foram realizados, e embora muitos sejam relevantes para o gênero, sendo genuinamente bons filmes, nenhum deles – nem mesmo os atuais – chegou perto do resultado desse filme aqui, que apresenta a melhor transformação em lobisomem do cinema, utilizando apenas efeitos práticos. A história mostra dois turistas estadunidenses de férias na Inglaterra que são atacados por uma criatura. Um deles morre, mas o outro é apenas mordido, e condenado a carregar a terrível maldição que o faz passar por transformações terríveis na noite de lua cheia. Então, o rapaz busca uma forma de se livrar da maldição.
Esse clássico oitentista é sensacional, sendo bastante influente na cultura POP e gerando uma série de cópias que não chegam nem perto da sua qualidade. Algo legal é que temos aqui também uma pegada de humor ácido que funciona perfeitamente, mesclando com momentos de tensão. É simples: em alguns momentos damos risadas motivadas por algo engraçada, e em outros, é basicamente riso de nervoso.
A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999)
Tim Burton é um diretor muito talentoso, e este aqui é um dos melhores filmes de sua carreira. A trama se passa no final do século XVIII e acompanha o detetive Ichabood Crane, que é enviado de New York para investigar uma série de brutais assassinatos na cidade de Sleepy Hollow, onde as vítimas foram todas encontradas sem as cabeças, que sumiram do local. Não demora para o detetive descobrir que o vilão por trás das mortes é um lendário cavaleiro (literalmente) sem a cabeça, que está envolvido com o passado da cidade. Assim, Crane busca uma forma de parar a criatura.
Mistura de terror gótico e aventura, essa obra é bem legal para assistir com a galera, e mesmo após mais de vinte anos, continua genuinamente um bom filme de horror. Ah! Esse sim é bem violento, com direito a várias decapitações e muito sangue. Os personagens são muito bem desenvolvidos, desde os coadjuvantes até o personagem-título, e isso colabora para nossa imersão nesse universo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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