Hoje, o NerdSpeaking trás de volta o toque do terror e mistério na cultura pop. Recentemente, estreava uma série que prometia fazer tributo a uma famosa franquia do horror lançada em meados dos anos 90: Pânico (Scream). Criada por Wes Craven, a saga foi desenvolvida com base no famoso mistério Quem matou e qual será a próxima vítima?
A série possui uma vantagem em relação aos filmes, pois pode explorar melhor a vida particular dos seus protagonistas, dando espaço para muito mais tramas paralelas. Funcionando como um reboot da franquia inovadora do horror, Scream trás novamente adolescentes cuja cidade fora marcada por uma tragédia no passado. Porém, desta vez, há um toque de drama maior, envolvendo polêmicas e prática do cyberbullying.
Tudo começa com a circulação de um vídeo na internet, o qual expõe a vida amorosa de Audrey. Ao mesmo tempo, uma garota é brutalmente assassinada no quintal de sua casa por um sujeito com vestimenta negra com capuz e máscara cirúrgica. Após tal crime, os jovens da cidade fazem ligações com o serial killer Brendon James, responsável pelos assassinatos que atormentaram aquele lugar por anos. Agora, cabe a Emma e seus amigos salvar a própria pele e desmascarar o assassino.
A primeira temporada, que possui dez episódios, mescla os quatro filmes da franquia, pegando os principais elementos de cada um, para enfim montar uma história de suspense e mistério que prende o espectador do início ao fim. Quanto às tramas paralelas, temos romance, traição, obsessão, etc. Não estamos mais em 1996, pois agora temos um espaço onde mais histórias podem ser contadas, e mais personagens secundários podem ser explorados. É o exemplo do professor Seth Branson, que se envolve com sua aluna Brooke, que também é amiga de Emma. A atuação de Bobby Campo não chega perto de convencer, mas a trama foi bem elaborada, assim como o segredo que Will, namorado de Emma, esconde. Juntamente com o melhor amigo, Jake, o jovem esconde um profundo mistério que pode revelar segredos obscuros.
Temos também a nova Gail, Piper Shaw, que ajuda Emma e seus amigos a investigar o caso dos assassinatos, e cuja presença dela lembra bastante a personagem de Courtney Cox dos anos 90. A vida de Audrey após a publicação do vídeo é comprometida profundamente, servindo o arquivo como pretexto para misteriosos acontecimentos. Talvez a amizade de Audrey e Noah, seja a melhor coisa das tramas paralelas, com o lado misterioso dela e o lado nerd dele. O jovem serve como canal de explicação do fato que faz essa série ser especial: Quando se trata de uma série de TV, é preciso estender um mistério que durava no máximo duas horas, para semanas. Durante 10 episódios, o grande segredo foi mantido, sendo revelado apenas nos últimos minutos.
Portanto, pode-se dizer que Scream cumpre seu papel ao se mostrar fiel à essência da franquia de terror dos anos 90, além de acrescentar maior de tom de perda, ao invés de apenas tratar uma morte como um crime. No fim, temos aqui um material que respeita o original, e é o que falta em algumas adaptações provenientes de clássicos como este. Afinal, como é citado por Noah durante a série, estamos em uma série de TV, e coisas se estenderão e tudo será melhor explorado, ao ponto de se prender não só pelo mistério, mas também pelas histórias centrais dos personagens. O NerdSpeaking Indica!