Nerd Speaking
  • NerdSpeaking
    • Canal Youtube
    • Podcast
    • Parceiros
    • Quem Somos?
  • Cinema
    • Reviews
    • Críticas
    • Notícias
  • Séries
    • Críticas
    • Indicações
    • Notícias
    • Reviews
  • Jogos
    • Críticas
    • Indicações
    • Notícias
    • Reviews
  • Leitura
    • Críticas
    • Indicações
    • Notícias
    • Reviews
novembro 16, 2022 por Joegrafia 3

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (mal representada)

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (mal representada)
novembro 16, 2022 por Joegrafia 3

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, filme que celebra a vida e obras de Chadwick Boseman acerta no tom de produções Marvel, mas erra ao tentar ser dois filmes ao mesmo tempo: Um sobre o luto e o mundo sem o Pantera Negra, e outro sobre uma aventura de heróis.

Aviso! Este texto pode conter Spoilers de Pantera Negra.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre é a continuação de um dos filmes mais lucrativos e com maiores investimentos de marketing da história da Marvel – Pantera Negra (2018). Aqui o diretor Ryan Coogler tenta retomar o universo dos heróis Wakandanos enquanto dá rumo ao futuro da Marvel, agora sem o Pantera Negra, sem Chadwick Boseman, que morreu no ano de 2020, vítima de câncer. E Coogler até consegue produzir um filme bem naqueles moldes da Marvel, uma aventura fechada, rápida e corrida – aquele filme “fastfood de heróis”. Mas no processo erra ao tentar fazer que dois filmes aconteçam ao mesmo tempo: Uma aventura nas terras de Wakanda e um filme em homenagem ao ator e ao personagem de Chadwick, T’Challa – O Pantera Negra.

Dois Filmes em Um

Esse erro de “dois filmes ao mesmo tempo” já nasce quando a Marvel opta por não substituir o ator, mas sim matar também o personagem no universo cinematográfico. Aqui não julgo se é certo ou errado fazê-lo, isto é tema para outro texto. Mas isso sem dúvida tem um impacto crítico na produção de um Pantera Negra 2: 1º Justificar em (relativo) pouco tempo o por quê do personagem não existir mais, 2º apresentar o luto que os que estavam ao seu redor viveram 3º relatar os impactos sociais dentro do universo cinematográfico – uma vez que se trata do rei de Wakanda, de um Vingador e de um dos homens mais poderosos da terra, e 4º uma história para seguir em frente. Mas como condensar isto tudo dentro de um único filme, enquanto tenta encaixar uma nova ameaça global – enquanto anexa um novo e importante vilão à Marvel, Namor?

A resposta é simples, não dá nem deu. O filme acaba podendo ser visto de duas formas diferentes, com dois recortes, e isso é estranho. É como se estivesse desconectado de si mesmo, tentando fazer coexistir duas narrativas que se espremem em tela, tentando sempre tomar a dianteira cada vez que aparecem.

De um lado, o drama com Namor e sua origem, a injustiça e vingança de séculos e gerações. Uma história nova e densa, que acaba tendo pouco tempo de se estender, e do outro, o drama da morte de T’Challa e do mundo agora sem um Pantera Negra e sem poder ter um substituto, por conta dos acontecimentos de Pantera Negra (2018), onde Kilmonger deu fim à Erva Coração.

E ainda de canto, há o surgir de uma nova personagem – Riri Williams, a Coração de Ferro, que começa a surgir de fundo. Simplesmente não há tempo para incluir tudo num só filme, e isso atrapalha demais três importantes histórias de agora três diferentes (teóricas) vivências de minorias dentro do novo ciclo da Marvel. E aí entra mais um dos problemas da produção: A presentação.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (mal representada)

Quem acompanha o NerdSpeaking há algum tempo sabe que fizemos um longo dossiê, falando sobre o Pantera Negra e seus problemas de Representação, discutindo sobre como o herói na verdade não representa nem a negritude, nem minoria alguma. É um herói que mimetiza o que, sob o olhar branco significa ser negro, e que age em causa própria – independente de cor. E isso não é diferente em Black Panther: Wakanda Forever.

No Pantera Negra 2 vemos os mesmos repetidos erros de representação dos povos, transformando Wakandanos ou ‘Talocanos’ – povo de Namor – em monólitos, coisas, um “conjunto” de gente. O povo é ninguém e todo mundo, e ninguém sabe o que realmente é a cidade cenográfica de Wakanda ou Talocan, ou quem são os Wakandanos e Talocanos. São menos que gente, são cenário. Outro grande problema na representação, é fazer de Pantera Negra e Wakanda mais uma vez uma arena de batalhas de minorias até a morte!

Um dos núcleos que mais perde personagens para a morte é o núcleo de Wakanda. Grandes e fundamentais personagens negros e negras, como foi T’Chaka, T’Challa, Kilmonger, príncipe N’jobu, a rainha Ramonda… E isso tudo sob mãos de personagens negros/negras e agora latinos. É estranha a relação da Marvel com as minorias. É racista a forma que personagens tem seus núcleos reduzidos ao próprio filme, e como estes personagens podem apenas estar em confronto entre si.

Pseudo representação e narrativas corridas

Por fim, digo que Pantera Negra: Wakanda Forever é bem naqueles moldes da Marvel e disso não sai dos trilhos. Assim como Pantera Negra (2018) foi, é um filme com belas cenas, trilha sonora eletrizante e com alguns momentos artísticos, mas que se limitam a fazer de Wakanda algo exótico, pseudo representando negritude e afrofuturismo – um imaginário de negritude. Em duas narrativas, ambas sem solidez, Wakanda Para Sempre é uma tentativa de luto, atravessada pela vontade de criar mais e mais e mais filmes de heróis, apresentando cada vez mais personagens reduzidos a um traço de personalidade e vilões instantâneos – a aliás, cada vez mais instantâneos e menos desenvolvidos. Um clássico filme Marvel: O fastfood de heróis, numa arena de ‘x1’ de minorias.

Artigo anteriorDahmer: Um Canibal Americano e mais uma glamorização do terrívelPróximo artigo Novo ano, novas Nerdices!
Joegrafia(https://linktr.ee/joegrafia)
Idealizador e âncora do NerdSpeaking! ⚡ Sou formado em comunicação pela UFPE, com pesquisas em Pantera Negra e Representação. Pesquiso e consumo conteúdos voltados para a cultura pop negra, e produzo artigos que tratam de raça e cultura. Sou editor de vídeos na Agência Katsu!

3 comments

Antônio disse:
novembro 16, 2022 às 1:05 pm

Sempre bom ler suas ideias sobre o assunto. Traz um olhar mais aprofundado sobre a temática. Salve, salve!!!

Responder
Joegrafia disse:
novembro 16, 2022 às 1:36 pm

Ah muuuuito obrigado mesmo, Antônio! Feliz que essas discussões possam existir! ⚡🖤🤜🏽🤛🏿

Responder
Pingback: Piccolo É… Negro?! | Personagens "não-brancos" e a Negritude - Nerd Speaking

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Postagens

Oeste Outra Vez chega aos cinemas brasileirosmarço 27, 2025
Cinemateca Pernambucana está de volta!março 26, 2025
Sem Chão | “Acostume-se a perder.”março 24, 2025
Skinamarink, experimentação e espaços liminaresmarço 18, 2025

Categorias

  • Cinema (212)
    • Críticas (60)
    • Indicações (48)
    • Notícias (69)
    • Reviews (66)
  • Jogos (79)
    • Críticas (1)
    • Indicações (26)
    • Notícias (47)
    • Reviews (24)
    • Tecnologia (3)
  • Leitura (60)
    • Críticas (15)
    • Indicações (26)
    • Notícias (20)
    • Reviews (21)
  • Música (8)
  • Nerdspeaking (87)
    • Canal Youtube (53)
    • Podcast (11)
  • Séries (56)
    • Críticas (12)
    • Indicações (17)
    • Notícias (18)
    • Reviews (18)
  • Uncategorized (1.007)

Mais lidos

Audiopost #0 – Coragem, o Cão Covarde! – por Joe!10 comments
NS Indica Filmes – O Albergue! – João F.8 comments
Feliz dia da toalha / Dia do orgulho nerd!6 comments
Doutor Estranho – Análise do Teaser Trailer – João F.4 comments
Vale a pena assistir? iZombie! – Por Pedro4 comments

AD

NerdSpeaking® - Todos os Direitos Reservados - Todas as imagens são marcas registradas dos seus respectivos proprietários. - Design: Pedro Sarmento