Fleabag é uma série britânica, existente no catálogo da Amazon Prime Video, com duas temporadas e vários sentimentos. Então vamos aceitar que somos fleabags.
Este texto tem bastante spoiler e o intuito de falar abertamente sobre a série. Se você já se “pegou” falando pra si mesma que “tudo vai ficar bem”, então esse texto é para você. Coloca Alabama Shakes para tocar e vamos aceitar que somos fleabags.
Pode até causar um incomodo, o que seria o primeiro sentimento sobre a série que tem uma protagonista sem nome. Até de fato entendermos que o intuito é nos identificarmos com ela; quem aí não tem problemas familiares? Ou já fez escolhas ruins? Ah e o amor… Claro, a vida não é uma história de amor e Fleabag definitivamente também não. Acredito que é sobre ir embora e o interessante é que justamente por isso, hora me vejo no papel de padre falando que “vai passar”, hora me vejo a própria Fleabag.
E não é sobre o fim, nem acredito que a série chegou de fato a um fim; é sobre continuarmos, sabe? Nossas vidas não chegam ao fim após uma desilusão, ou porque erramos, ou mesmo porque nos apaixonamos e – obviamente, não deu certo. Nossas vidas não chegam ao fim porque o roteiro é sobre continuar, sobre nossas próprias histórias com acertos e também os erros.
Ainda que o padre tivesse desistido da batina e tivesse escolhido ficar com ela, não seria o fim, talvez nem estivesse certo, porque vamos a outro “sentimento”: Fleabag é sobre seguir o seu caminho. É sobre saber que você se escolhe em primeiro lugar, seus sonhos, ou o que você acredita que de fato é o seu destino.
Eu particularmente não conheço uma pessoa que não torcia para o casal icônico, mas não fico decepcionada, a vida é sobre seguir o seu caminho, se for para realmente ser, um dia será… E há continuação enquanto estivermos vivas. Para errar, beber em bares e levar socos na cara dados pela vida ou pessoas. O grande desfecho é saber que tudo é continuação e que ficaremos bem… Né?