The Lighthouse é um filme curioso, que trás uma narrativa envolta em mistérios, que se propõe a ser chocante e talvez assustadora. Uma pena que acaba sendo desconexo e confuso.
O Farol (Originalmente, The Lighthouse) é o mais novo filme de terror psicológico de Robert Eggers (A Bruxa, 2015), com atuação do grande Willem Dafoe e também de Robert Pattinson, que chegou aos cinemas internacionais no fim do ano passado (2019). No Brasil, a obra chegaria no mês de Outubro, mas seu lançamento foi adiado e a estreia só ocorreu no último dia 02.
The Lighthouse é um filme escuro, sombrio e solitário, sobre dois homens – Um mais velho e experiente, e outro que está começando a sua vida no mar agora – que guardam o farol de uma ilha melancólica. O problema é que na ilha ambos personagens passam por experiências um tanto sinistras, místicas e invasivas, de pura loucura e frenesi.
O filme acaba se saindo como um thriller visualmente bonito e rebuscado, com o seu poderoso preto e branco na escala 1.19:1 de cinema, realçando a sua linguagem, digamos, vintage. Uma pena que no meio disso tudo, nos deparemos com uma história confusa e desconexa; entre belos discursos e declamações poéticas, o filme se perde em profundidade, e acaba tento todo seu brilho equilibrado em dois pontos focais:Sua estética e atuações… e só.
Fonte da imagem: IMDb
The Lighthouse se destaca no que faz bem, entregando uma belíssima atuação cheia de exageros e teatralidade de ambos atores principais. É aliás um excelente filme para ver de fato a atuação de Robert Pattinson no seu máximo. Incrível como a história claustrofóbica de apenas dois personagens não se torna cansativa, por conta da forma que Willem e Pattinson carregam seus respectivos personagens. É brilhante!
A história em si não é ruim, mas torna-se, ao se esticar tanto que rasga, mostrando um roteiro confuso, desconexo. É como se estivéssemos lendo uma historia descontextualizada de H.P Lovecraft, ou de Edgar Alan Poe. Então sim, são claros os elementos do terror clássico em Lighthouse. O problema ali está no que se torna: Um pretenso filme, que busca originalidade em seu terror psicológico, mas acaba sendo apenas um filme bonito, que não sabe ao certo o que quis dizer.