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janeiro 7, 2025 por Joegrafia 0

Lanternas Vermelhas, ciclos destrutivos

Lanternas Vermelhas, ciclos destrutivos
janeiro 7, 2025 por Joegrafia 0

Angústia, frustração e uma certa desesperança, num filme que retrata uma realidade igualmente distante e próxima de nós. Lanternas Vermelhas, ciclos destrutivos. Uma história de uma mulher que não consegue se encaixar numa sociedade que demanda sua total submissão.

Lanternas Vermelhas, ciclos destrutivos. Songlian na capa do filme.

Por Joegrafia – Negro. Comunicador e Radialista. Editor, roteirista e fundador do NerdSpeaking. 🎙

Estou numa missão de zerar a lista de filmes que fica eternamente armazenada em um caderno velho que tenho. Indicações, menções e nomes que me chamaram a atenção desde a época da graduação que fiz. Hoje foi o dia de assistir Lanternas Vermelhas (ou, Raise the Red Lantern). Um drama angustiante de 1991, dirigido por Zhang Yimou. O filme se passa em uma China distante, de 1920. Narra a história de Um mestre e suas 4 mulheres, que devem constantemente disputar por sua atenção, e algo que vagamente se parece com carinho. Mas só vagamente. Eis a sinopse:

Na China de 1920, Songlian (Li Gong) é uma universitária de 20 anos que é forçada a se casar com um homem bem mais velho depois que sua mãe morre e sua tia não tem mais dinheiro para custear seus estudos. Seu marido é um homem de 50 anos que já tem mais três esposas, todas morando em casas diferentes. Cada noite ele decide com quem vai dormir, e a escolhida ganha massagem, lanternas vermelhas acesas e o direito de escolher o cardápio do dia seguinte. Tal costume gera rivalidade entre as esposas, e logo Songlian se vê envolvida em um mundo de intrigas femininas e conspiração de serviçais.

Songlian (Li Gong), em Lanternas Vermelhas (1991)

Angustiante. Destrutivo. Mas o ciclo continua. Um filme igualmente distante culturalmente de tudo o que conheço, mas também bem próximo, na cultura de misoginia, machismo e patriarcado, que regem o pequeno mundo de Songliam. Como peça desencaixada do quebra-cabeça desde sua primeira interação com a família de seu mestre, ela procura e não encontra o seu lugar nas disputas, nas falsas amizades com suas irmãs, igualmente concubinas, igualmente disputando por atenção e espaço.

A busca por toda essa atenção será exatamente a ruína de Songliam… Mas o ciclo continua – independente dela aceitar. É histórico e está entranhado. É mais forte que ela. Mais forte que o papel dela; “não é este o meu papel?” E os destinos se cruzam entre as quatro mulheres. Mas o final é sempre o mesmo. O que verdadeiramente nos tira o conforto em Songliam em sua relação com as co-irmãs – Meishan (He Saifei), Yuru (Jin Shuyuan) e Zhuoyun (Cao Cuifen), é a aceitação de uma vida inaceitável. É a forma como suas vidas foram devoradas por aquele sistema em que vivem, no qual não importa se foram famosas, servas, ricas ou pobres; o que importa agora é que são casadas com um nobre senhor, e agora são seus utensílios, seu material humano.

Uma tragédia de filme do início ao fim. Apesar da pouca ação, um filme tão tenso que cansa nos nervos. É pesado, triste. Mas muito lindo também. Raise the Red Lantern é dilascerante, porque é igualmente distante e próximo de tudo o que rege o nosso mundo. E não importando o impacto de uma luta travada contra este sistema, logo virá um novo ciclo, e essa luta se tornará uma memória de ninguém.

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Joegrafia(https://linktr.ee/joegrafia)
Idealizador e âncora do NerdSpeaking! ⚡ Sou formado em comunicação pela UFPE, com pesquisas em Pantera Negra e Representação. Pesquiso e consumo conteúdos voltados para a cultura pop negra, e produzo artigos que tratam de raça e cultura. Sou editor de vídeos na Agência Katsu!

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