Fala, meu povo! Com atraso, entregamos uma análise do filme Aladdin, remake em live-action da animação da Disney lançada em 1992. A fábrica de sonhos continua a expandir o seu Império, e um de seus projetos iniciados recentemente consiste em realizar adaptações de seus filmes em desenho animados mais aclamados, desta vez com atores em carne e osso. No caminho trilhado até o momento, o filme Aladdin mostra-se mais um acerto!
Aladdin nunca foi uma das minhas animações favoritas, até por que só tive oportunidade de assistir após a era do VHS, já alugando o DVD na videolocadora, diferente de outros clássicos da Disney que vi no vídeo-cassete. Mesmo assim, eu tinha um carinho pela obra por conta do charme único das animações do estúdio, com personagens carismáticos e uma trama que prende nossa atenção, ainda que um tanto “infantil”. Acompanhar aos novos live action da Disney está sendo um elemento nostálgico. E isso se faz presente na adaptação de Aladdin, ainda que a trama tenha sofrido mudanças, algumas extremamente necessárias, e outras que não fazem tanta diferença.
Sim, a espinha dorsal do roteiro é aproveitada: na fictícia Agrabah, o jovem ladrão Aladdin se apaixona pela princesa Jasmine, filha do Sultão, e acaba encontrando uma lâmpada mágica onde o gênio lhe concede três desejos. No entanto, essa situação o colocará em conflito com os interesses do feiticeiro Jafar, conselheiro do Sultão, que deseja ter a lâmpada para si e pôr seus planos malignos em prática. Porém, alterações foram muito bem-vindas nessa nova versão, visto que mais de vinte e cinco anos separam os dois filmes, e é necessário adaptar-se aos novos tempos, abordando temas que interessam ao momento atual.
Quando me refiro à alterações, a mais significativa envolve a Jasmine, interpretada por Naomi Scott (a Power Ranger Rosa da adaptação do seriado, de 2017). Quanto aos movimentos enaltecendo o empoderamento feminino estão gerando maior representatividade, foi um acerto da Disney adaptar uma de suas princesas mais famosas, tornando a Jasmine uma personagem com mais espaço para crescer dentro da história, com a subtrama mais interessante do filme. Scott entrega uma atuação poderosa, e conduz suas cenas com naturalidade, mostrando que sua personagem veio como uma voz representativa dos movimentos feministas. Uma das maiores provas disso é a canção solo da personagem, inédita na história, que apesar de soar um tanto “conveniente” para quem não entrou na vibe da personagem, consegue encantar e passar a mensagem adequada. Não se esqueça de que esses remakes em live-action buscam também um novo público, o que pede uma maior conscientização sobre temas relevantes de acordo com a época.
O Aladdin de Mena Massoud foi criticado pelos fãs raíz da animação por não ter o mesmo encanto do personagem clássico, segundo algumas avaliações. Eu particularmente não tive problemas com o ator, que no Brasil recebeu a excelente dublagem de Daniel Garcia/Glória Groove. Ele possui simpatia e a postura suficiente para encarar o papel, na minha opinião. Poderia ser melhor? Talvez, em alguns momentos poderia evitar ter sido “ofuscado” por outros personagens com tramas mais “interessantes”, mostrando mais presença em algumas cenas que ele divide com outros, mas o ator consegue entregar um bom trabalho.
Enquanto isso, o Jafar, vivido por Marwan Kenzari, o grande vilão da história, foi o que mais “prendeu” o filme em momentos pouco empolgantes. O ator faz o que pode, e posso dizer que me convenceu em alguns momentos, mostrando-se seguro em cena, mas sem aquele porte de um dos maiores vilões idealizados pela Disney. Nem mesmo a característica “caricato” pode ser aplicada nesse novo Jafar, que ocupa bastante espaço de tela, mas sem o carisma de antagonista principal para carregar a própria trama. No fim, seu desenvolvimento acaba sendo “mais do mesmo”, tornando-o apenas um vilão genérico fácil de esquecer, algo que o Jafar não merecia.
Ao lado de Naomi Scott, o maior destaque do filme fica com Will Smith, que interpreta o Gênio, em uma atuação com muita liberdade criativa, ao mesmo tempo em que homenageia o personagem dublado originalmente por Robin Williams na animação. Smith tem tudo que seu personagem pede: naturalidade, maneirismos e criatividade para ser o alívio cômico da trama. O CGI dele soa estranho em alguns momentos, mas quem reclamou do visual do personagem certamente irá sair do cinema convencido do contrário. Dito isso, sua trama também ganha um novo toque, adicionando uma personagem nova que não só auxilia na construção do “novo Gênio” como também possui autonomia para deixar sua marca registrada em Aladdin.
Mas, o que faz Aladdin ser tão nostálgico? Certamente, é o elemento fan service, expresso nos animais (embora apenas o macaco Abu tenha o destaque merecido) e nos objetos que fazem referência à história original, como o Tapete Mágico. Outro ponto que colabora para a sensação de nostalgia são as canções, sobretudo “Mundo Ideal”, que arrancou um sorriso bobo deste que vos escreve.
– Considerações finais
Aladdin não é um filme perfeito, mas consegue divertir e empolgar quem procura uma programação mais leve, entregando um produto final repleto de otimismo e com um charme que torna o filme mágico, garantindo uma sessão da qual você sairá com um sorriso no rosto.
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