É difícil falar sobre prevenção ao suicídio, e questões sobre saúde mental, é preciso extrema responsabilidade e setembro chega para alertar sobre e fazer pensar. É difícil falar sobre o outro, então, vou falar de mim mesma.
Vou contar uma história para vocês, eu estou desde ontem presa no refrão de Principia do Emicida, “Tudo, tudo, tudo que nós têm é nós”… Dá pra falar desse álbum todinho, mas essa vou ficar devendo. Por enquanto, vou contando uma historinha por aqui.
A importância de olhar para você, como um espelho que reflete sua imagem, mas sem refletir as projeções da sociedade, a importância de olhar para você, com uma reflexão de todas as ações boas que você já fez na vida, ter calma consigo e se possível peça ajuda. Não se for preciso, se possível, porque a gente precisa se cuidar sempre. Setembro da paz lembra isso; não da paz de um todo, mas da nossa, o que tem por dentro. Não é clichê sobre estar em paz consigo, esse é o caminho, buscar ajuda, enxergar a si mesmo.
A depressão não é bonita nem em séries, nem filmes, nem em Euphoria, ainda que cada um tenha uma estória digna de um papel na série. E olha que eu daria uma boa personagem, mas a ficção não sente a realidade na pele, a cinematografia fará talvez belos planos de sequência sobre a quarentena e a desgraça mental, porém, só quem está vivendo mesmo esse período sombrio é que sabe. Não há beleza na quarentena em si.
É preciso lembrar que há beleza na vida, há beleza em continuar, em perceber que de fato tudo que temos é nós mesmos e os que nós cercam. Setembro de paz para toda essa enorme agonia que é viver! Sempre que possível procure ajuda ajuda profissional. Isso tudo vai bem além dos filmes, das séries ou qualquer livro pode dizer a você. Ligue 188, o Centro de Valorização da Vida.