Vamos viajar no tempo, de volta para o início dos anos 1970 para falar de um filme simplesmente… Mágico. Ele se tornou mais conhecido na atualidade por ter ganhado um remake em 2005! É o clássico A fantástica fábrica de chocolate, e permanece na memória de muitos que viveram tal época ou que conferiram por curiosidade!
Para que tenha um melhor aproveitamento desta postagem, ouça a nossa indicação musical!
O mundo inteiro estava focado em apenas um objetivo: conseguir o grande Bilhete Dourado para ter a honra de conhecer a fábrica de chocolates mais famosa do mundo, com a companhia de seu proprietário, o Willy Wonka (Uma das melhores atuações de Gene Wilder e, para mim, uma das melhores que existem). Apenas 5 bilhetes existem no planeta inteiro, com os quatro primeiros sendo encontrados por crianças mimadas (Augustus, Veruca, Violet e Mike). Charlie era um menino cuja família – composta pela mãe e os seus quatro avós – era muito pobre, mas ele tinha esperanças de achar o quinto e último bilhete dourado, e acaba conseguindo. Para acompanhá-lo, está o seu animado avô Joe (Jack Alberston, falecido em 1981). Ao chegar na fábrica, os visitantes percebem que Wonka é um sujeito aparentemente estranho, e sua fábrica, muito diferente.
Welcome to the Chocolate Factory!
Como esquecer do figurino clássico dos Oompa Loompas! Afinal, os anões com cabelos verdes e pele laranja permanecem na memória de muitos fãs, assim como suas músicas animadas direcionadas a cada criança que sofre um “acidente” ao mostrar o seu lado mimado. Quando criança, assisti a versão de 2005, que era simplesmente maravilhoso para mim, na época. Porém,recentemente, quando soube que este era apenas um remake, tive a curiosidade de pesquisar sobre a sua versão original, datada do ano de 1971. Percebi que este era um dos poucos filmes que tocaram meu coração.
Ele mostra que não é preciso muita computação gráfica para dar vida a um universo fantástico. Achei incrível a criatividade de Mel Stuart (diretor do filme original) em adaptar para os cinemas a obra de Roald Dahl sem ser necessária tamanha tecnologia, que até então era muito limitada. Outro ponto é o aprofundamento em abordar a rotina da família pobre de Charlie. A mãe, viúva, luta para sustentar o garoto e seus quatro avós, caídos de cama. É possível ver o seu sacrifício enquanto lava as roupas dos outros para ganhar o mínimo possível para sobreviver.
O filme tem seus pontos contraditórios, especialmente em uma cena que quase levou toda a mensagem por água abaixo: Charlie é encorajado pelo avô à desobedecer Willy Wonka para experimentar uma das inovações da fábrica. Eis o único pecado cometido por esta versão cinematográfica. Não fosse pelo desfecho do filme, onde tudo fica bem entendido, isso significaria um dos maiores erros de roteiro da história do cinema. Mas, fiquem tranquilos, pois este fato não impede que aproveitemos a magia da fábrica de Willy Wonka.
Deixei o melhor para o final.
Johnny Depp esteve incrível como o mais recente Willy Wonka, mas nada comparado à Gene Wilder! O cara entra em cena atuando impecavelmente, de uma forma que ele pode ter sido pioneiro em criar. Um personagem como o proprietário da fábrica de chocolates não poderia ser interpretado por outro além de Wilder. Seu jeito engraçado, calmo e estranho é o que faz de Wonka um dos maiores personagens do mundo cinematográfico.
Portanto, a mensagem que o filme deixa bem clara pode não ser entendida bem aos olhos de uma criança, o que é diferente no remake. O filme é mais bem compreendido por adultos ou adolescentes. A família é, sem dúvida, a coisa mais importante que existe no mundo. Mesmo na hora em que nossos sonhos estão longe de tornar realidade, eles estarão ali para dar apoio e mostrar que não há limites para sonhar!