Já são 15 anos de um dos jogos mais imersivos da história do PlayStation 2. Quinze anos de pura imersão na estética visual e musical de Shadow of the Colossus! Precisamos falar desse game.
Sabe aquele tipo de jogo que te prende do início ao fim com maravilhosas cutscenes, uma história envolvente, cheia de mistérios que só são revelados nos momentos finais de tudo? Pois é. Essa é a experiência que você já deve ter tido ao jogar games como Undertale, Legend of Zelda, Uncharted e também Shadow of the Colossus! Às vezes, aliás, o game nem precisa ter um super-gráfico ou mesmo as grandiosas cutscenes… Nem sequer um personagem ou uma personagem marcantes… Mas o que fica MESMO depois de um game épico é a soundtrack que, para mim, é a alma de toda produção audiovisual.
Shadow of the Colossus é um game bastante lembrado pela sua gameplay, e pelo distanciamento de tudo o que parecia normal para nós no PlayStation 2; Shadow of the Colossus é definitivamente algo a parte, algo a mais. Mas hoje não vim falar do jogo em si, mas faço um convite para conhecer “a alma” por trás do game; convido-lhe a conhecer a incrível soundtrack do game, tão ‘colossal’ que você nem poderia imaginar!
A melancolia, a tristeza e o feeling ‘aventuresco’ são bem presentes em Shadow of the Colossus, e isso é bem claro pra qualquer um que tenha dado uma olhada mais além da simples jogabilidade e dos desafios encarados pelo herói Wander (forçando uma tradução, vagante). Essa melancolia e o distanciamento do nosso mundo real é um grande mérito das faixas instrumentais e orquestrais que recheiam o jogo trazendo esse mundo intangível à vida.
São faixas como “Prologue: To the Ancient Land” , de Kō Ōtani que carregam tons desse início da jornada do herói, em uma mistura da tristeza fantasiosa que traz o silêncio de Wander em sua forma musical. Uma música que realça, para além do que podemos ver, os mistérios de uma terra antiga, de uma aventura ainda não iniciada.
Através da musicalidade de Kō Ōtani (Diablo III, Zatch Bell) , Shadow of the Colossus nos lembra constantemente que estamos sós em uma terra de gigantes. Nos lembra que para além dos próprios Colossus, aquele mundo é por si só grandioso; pontes gigantes, grandes campos abertos, e uma vez mais, repleto de grandes vazios, grandes silêncios.
Shadow of the Colossus não é um game direto, que vai dar pistas e dicas de como fazer para jogá-lo, dominar os Colossus nem nada do tipo. O jogo resume-se a falar o mínimo, sem nunca nos instrumentalizar. E esse que é o grande lance do jogo – Nos das espaço para que conheçamos por nós mesmos aquela história, aquela aventura.
Deixo aqui essa indicação de OST para aqueles que procuram algo para ouvir enquanto estudam, ou pegam aquele ônibus sem graça e barulhento pela manhã, ou simplesmente querem ter um momento tranquilo pela noite, enquanto viajam em pensamentos. É uma belíssima soundtrack que nos leva aos tempos de castelos encantados e jornadas surdinas pela floresta.
Shadow of the Colossus completa seus 15 anos sem envelhecer um dia no que se refere a sua trilha sonora original, seu sentimento imersivo e seu efeito cinemático. Uma grande trilha para um grande jogo!